Cuidador é demitido e está foragido suspeito de agredir criança com autismo em escola no Ceará
05/06/2025
(Foto: Reprodução) Vítima ficou com marcas no pescoço e no braço. Secretaria da Educação de Maracanaú afirma que agiu de forma imediata e demitiu o profissional. Criança de 5 anos com autismo e cardiopatia é agredida dentro de escola no Ceará
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Uma criança de 5 anos, diagnosticada com autismo e problema cardíaco, foi agredida dentro da escola por um cuidador na tarde desta terça-feira (3), na cidade de Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza. O profissional foi demitido da escola após deliberação do Conselho Escolar.
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O caso aconteceu na escola Francisco Antônio Fontenele, no bairro Jaçanaú. O menino ficou com marcas no pescoço e em um dos braços após a agressão. A mãe da criança registrou Boletim de Ocorrência.
O cuidador, identificado como Lucas Fernandes de Souza, atuava na escola acompanhando diretamente a criança durante as atividades. A mãe da criança trabalha como costureira. Ela contou ao g1 que o profissional estava na unidade há cerca de um mês, depois que outra cuidadora saiu da escola.
“Ele era o responsável em ficar com ele porque, assim, ele não para. Ele tem hiperatividade. Era o responsável em cuidar dele, ajudar ele nas tarefas, ajudar em tudo, ficar sempre ali perto dele, porque ele não tem como ficar só”, conta a mãe.
Na educação especial, o cuidador ou profissional de apoio escolar é responsável pelo suporte para o aluno, atuando como facilitador para promover a educação inclusiva.
A mãe da vítima disse que foi chamada a comparecer à escola na tarde da terça-feira (3). Ao chegar, os funcionários da direção estavam reunidos e relataram a ela que o filho tinha sido agredido pelo cuidador. Segundo ela, o profissional já tinha fugido do lugar depois de confessar o ocorrido.
Criança com autismo agredida em escola ficou com marcas no pescoço
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“Ele disse que tinha feito uma manobra mal dada. Mas que tipo de manobra é essa, que deixa uma criança com marcas no braço, no pescoço?”, questiona a mãe.
O menino de 5 anos tem autismo de nível 1, além de ter sido diagnosticado com atresia pulmonar crítica, condição cardíaca que o levou a ter três cirurgias de grande porte.
“Eu fiquei altamente revoltada, triste, porque meu filho gostava muito de ir para o colégio. Eu já tinha notado que ultimamente ele não estava mais querendo ir. Ele disse: ‘mamãe, eu não quero ir para o colégio’. E ele gostava muito, era uma das coisas preferidas dele”, partilha a mãe.
Após sair da escola, a costureira foi até a delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência, buscando denunciar o profissional. Ela afirma que o filho não vai mais voltar para a mesma escola. Segundo a costureira, a família ainda vai decidir onde matricular a criança.
O que diz a Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Maracanaú classificou o episódio como “uma ocorrência grave”. A Secretaria da Educação informou que as providências foram tomadas de forma imediata assim que a situação foi identificada.
“O aluno recebeu pronto atendimento e acompanhamento necessário. O Conselho Escolar foi convocado em caráter emergencial e deliberou pelo desligamento do profissional envolvido, decisão prontamente executada pela Secretaria de Educação, que também providenciou a substituição por um novo cuidador”, diz a nota.
A gestão também afirmou ter disponibilizado serviços de apoio psicossocial ao aluno e à família, com acompanhamento de assistente social.
“A Prefeitura de Maracanaú reafirma seu compromisso com a integridade e o bem-estar de todos os estudantes da rede municipal e reitera que não tolerará qualquer forma de violência no ambiente escolar”, acrescenta a nota.
A nota também acrescenta que o caso foi formalmente comunicado aos órgãos judiciais, policiais e ao Ministério Público para as devidas apurações.
Criança diagnosticada com autismo e cardiopatia é agredida por cuidador em escola no Ceará
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